Thursday, January 07, 2010


Brasil no Spotlight – Como aproveitar as oportunidades?


Acompanhando as notícias das últimas duas semanas fica evidente e claro a nova realidade da economia brasileira e da imagem que o país construiu, principalmente em consequência das ações e atitudes do país durante a crise economica que afetou os países de economia maduras, como Inglaterra, França e Estados Unidos. O otimismo do brasileiro aumentou muito, segundo pesquisa realizada pela consultoria Grant Thornton (2010) para 71% dos empresários, a economia está bem e ainda vai melhorar, fato que posiciona o país no 5º lugar no ranking dos mais otimistas.


O governo adotou medidas firmes e rápidas para estimular e fortalecer o consumo interno, assim como, manter o otimismo da população e dos empresarios. Os números provam o que escrevo: a bolsa de valores registrou valorização média de 80% no ano de 2009 (Bovespa:2010), o Brasil teve entrada de U$ 28,732 bilhões de capital estrangeiro em 2009 (América economia:2010) e as filiais brasileiras de empresas como Avon, Nestlé, Coca-Cola e Mercedez-Benz foram as estrelas dessas companhias multinacionais (OESP:2010).


Ainda sem dados de pesquisa, mas perceptível no ambiente empresarial, o Brasil agora recebe executivos estrangeiros enviados ao país com o objetivo de recuperar as perdas das empresas no exterior, por meio do aproveitamento da economia brasileira que vibrará e crescerá impulsionada pelos eventos esportivos que acontecerá no país nos próximos 4 anos.


E os profissionais brasileiros, o que devem fazer para aproveitar essa onda de otimismo e projeções positivas? A resposta não é simples, tampouco as atitudes e ações que cada profissional deve adotar. A resposta é preparação, atitude positiva e ação rápida. O profissional que quiser se beneficiar desse novo cenário tem de estar preparado para gerir a complexidade desse novo cenário. Ao mesmo tempo que as empresas terão necessidade de contratação, elas estarão mais exigentes em relação a qualificação e habilidades dos profissionais.


Nesse novo contexto de internacionalidade e competição acirrada entre empresas nacionais e internacionais, assim como entre profissionais, as habilidades de ser fluente em um segundo idioma e os conhecimentos adquiridos em um curso de pós-graduação ou MBA não serão mais diferenciais e sim requisitos básicos e esperados. O que destacará o profissional será a sua habilidade de interação com a diversidade, de aprendizado rápido, de sintetização e interpretação de informações, assim como a de ação rápida e prática que traga benefícios e resultados de curto, médio e longo prazo para as empresas.


Prepare-se, tenha uma plano de ação para desenvolver essas habilidades, haverá oportunidades para todos, no comércio, na indústria e nos serviços. Nesse último setor, as habilidades citadas serão indispensáveis e somente vencerá quem realmente se preparar!


Fabio Oliveira
MSc Strategic Marketing, MBA, BA
Professor da BSP e FAAP



Tuesday, January 05, 2010

Os grandes desafios para os nossos líderes em 2010

Se você exerce uma posição de liderança executiva no Brasil, prepare-se: em 2010, seus concorrentes não serão apenas os maiores talentos do país, mas alguns dos melhores do mundo, que estão sendo mandados para cá. Com isso, manter um bom desempenho já não será suficiente. Você precisará garantir que sua empresa aproveite ao máximo as oportunidades de crescimento em um dos mercados que mais evoluem no mundo.

E agora o mais importante: terá que oferecer o maior retorno aos acionistas com total respeito aos funcionários, à sociedade, ao meio ambiente, às leis e à capacidade financeira de sua organização. Será o grande teste da liderança sustentável no Brasil. Essa é uma ótima notícia para sua empresa e para o país, e pode ser também para você.

Podemos ter vivido o período do milagre econômico, vencido os obstáculos da recessão, desenvolvido flexibilidade e habilidades gerenciais com a reengenharia, com fusões e aquisições, mas é a primeira vez que estamos no papel de bola da vez da economia mundial. E isso significa que haverá muito mais gente competente, com experiências bem-sucedidas em vários países, disputando o seu cliente aqui e também o seu emprego de hoje.

A velha fórmula de 80% de desempenho mais 20% de desculpa já não fechará a conta para uma avaliação 100%. O Brasil deixou de ser apenas um enorme potencial e passou a ser "o" mercado que pode garantir os resultados até então obtidos nos países desenvolvidos. Imagine um diretor global de RH de uma multinacional que tenha duas posições executivas para enviar um profissional de destaque; uma no Brasil e outra na Itália, por exemplo. Antes da crise, ele o enviaria para a Itália. Agora, seguirá para o Brasil.

Longe de se assustar, você que é um executivo movido a desafios e pragmático, provavelmente já estará, a esta altura, formulando um plano de ação para garantir o lugar de sua empresa ao sol (e o seu também, claro). No que compete à estratégia do negócio, poucos saberão tanto quanto você. Mas, afinal, como e por que ser mais agressivo de modo sustentável? Essa é a principal questão de liderança para 2010 e para os próximos anos.

Liderança sustentável é aquela que entrega resultados excepcionais sem deixar um rastro de mortos e feridos pelo caminho. Quem está no poder- e principalmente quem está sob seu comando- sabe que "respeito" é uma palavra muito mais fácil de ser repetida inúmeras vezes do que exercida uma vez só. Isso porque depende de princípios, valores, atitudes e crenças individuais. Não é algo que se adquire em treinamentos de mudanças de comportamento. É um aprendizado que vem muito mais do autoconhecimento, da reflexão constante sobre em que você realmente acredita ou não, e sobre o que está disposto a fazer, de fato.

O maior diferencial de um verdadeiro líder é manifestar um genuíno interesse pelo crescimento dos outros, que estão à sua volta, seja na empresa ou fora dela- todos os seus stakeholders. Em outras palavras, é ter desprendimento, generosidade e confiança em si e nas pessoas. E, por favor, jamais confunda essas atitudes intrínsecas com "bancar o chefe bonzinho". Estamos falando de líderes que sabem ser efetivos e sustentáveis.

Não é fácil, principalmente em situações de muita pressão, como a que o Brasil viverá mais intensamente. Sim, se você tem o privilégio de ser brasileiro e de já ter passado por várias dificuldades nos negócios, e se orgulha de acrescentar ao seu currículo mais uma crise superada recentemente, terá de enfrentar agora o estresse do crescimento acelerado e da competição mais acirrada pelo mercado brasileiro. Mas são em desafios como esses que conhecemos os grandes líderes.

Vicky Bloch, Luiz Visconte e João Mendes são sócios da Vicky Bloch Associados